Plantas Medicinais

Plantas Medicinais
Plantas Medicinais

segunda-feira, 12 de julho de 2010

ALECRIM


Nome popular
ALECRIM
Nome científico Rosmarinus officinalis L.
Fotos ampliadas 1 | 2
Família Lamiaceae (Labiatae)
Sinonímia popular Alecrim-de-jardim, alecrim-rosmarino, libanotis.
Parte usada Folhas e flores
Propriedades terapêuticas Estimulante digestivo, anti-espasmódica, estomacal, vasodilatora, anti-séptica.
Princípios ativos Óleo essencial – Borneol; pineno, canfeno, canfora, cienol, acetato de bornila -; diperteno – rosmaricina; tanino,saponina;ácidos orgânicos; pigmentos;flavonóides
Indicações terapêuticas Dores reumáticas, depressão, cansaço físico, gases intestinais, debilidade cardíaca, inapetência, cicatrização de feridas, dor de cabeça de origem digestiva, problemas respiratórios,
Informações complementares Origem
Sul da Europa e Norte da África.
Propagação
Estacas, ponteira dos ramos. Modo de uso
Infusão das folhas frescas ou secas na forma de compressas, decoto das folhas na forma de loção, na forma de pomada usando-se o suco concentrado.
Dosagem indicada
Dor de cabeça de origem digestiva
Em 1 xícara de chá, coloque uma colher de sobremesa de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá antes ou após as principais refeições.
Problemas respiratórios
Xarope: para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xíc. de cafezinho de folhas frescas, tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas.
Infusão: 1 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de água, tomar xíc. de chá a cada 6 horas.
Tintura: 10 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de álcool de cereais ou aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco de água; para a maioria das indicações, inclusive hemorróidas.
Pó - as folhas secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.
Outros usos
Usam-se ramos em armários para afugentar insetos.
Usado como tônico do sistema nervoso central e indicado em casos de esgotamento cerebral, excesso de trabalho e depressão ligeira.
Seu uso à noite pode alterar o sono.
Toxicologia
Em altas doses pode ser tóxico e abortivo. Em doses elevadas pode provocar irritações gastrointestinais.
Bibliografia
Plantas que curam, Dr. Sylvio Pannizza.

BANANA


Nome popular
BANANA
Nome científico Musa paradisiaca
Fotos ampliadas 1
Família Musaceae
Princípios ativos Ácido ascórbico, tiamina, riboflavina, niacina
Indicações terapêuticas Cãibras, fadiga, alterações nos batimentos cardíacos, vários tipos de alergia, TPM, prisão de ventre, diarréia infantil.
Informações complementares Origem
Não se conhece exatamente a origem e classificação botânica da banana. Muitos pesquisadores consideram-na oriunda da Ásia meridional, da Índia, onde é cultivada há milênios; outros, da América tropical. Nossos índios já a cultivavam na época do descobrimento do Brasil.
Uso medicinal da bananeira (Fonte: Purdue University)
Espécies alimentícias
A banana pertence ao gênero Musa, que compreende 40 espécies. Destas, apenas três espécies são alimentícias:
  • Musa paradisíaca L.
  • Musa sapientum
  • Musa cavendish
Descrição
É uma árvore formada por folhas cujas bainhas supostas formam uma espécie de tronco, que não passa de um pseudotronco. O fruto forma cachos e, conforme a espécie, há cachos com mais de 200 frutas.
As mais conhecidas são:
  • Banana-ouro: tem casca amarela e fina, com polpa também amarela. Mede de 5 a 7 cm. É ligeiramente encurvada. Conhecida no Norte e Nordeste do país com o nome de “inajá”, é uma das mais cultivadas.
  • Banana-prata: tem casca de cor amarela e polpa creme, medindo de 10 a 15 cm. É a mais popular.
  • Banana nanica ou caturra: tem casca amarela e polpa brancacenta (creme). Em outras regiões, recebe o nome de banana d’água ou nanicão. O tamanho varia de 12 a 20 cm. É a mais cultivada, principalmente em São Paulo.
  • Banana-maçã: tem casca fina e amarela, polpa branca, macia e perfumada. Mede de 5 a 10 cm. Por ser mais digestiva, é a mais indicada pelos pediatras para recém-nascidos.
Nutrientes e Propriedades Terapêuticas
Encontrada em quase todos os lugares do mundo, ela é uma fruta muito apreciada e saborosa. Trata-se, sem sombra de dúvidas, de uma das frutas mais populares e nutritivas entre todas as conhecidas do planeta. Suas propriedades químicas diferem pouco de uma variedade para outra. E ela é conhecida, também, como uma das frutas mais higiênicas conhecidas, pois ao descascá-la não é necessário pegar na polpa. Esta sua forma simples e altamente prática é, inclusive, colocada pelos especialistas que criam móveis e outras centenas de objetos de nosso uso diário como o “exemplo perfeito de design”.
O mais importante é conhecer o seu conteúdo nutricional e ver o que ela nos oferece de especial no fortalecimento do corpo humano e combate ou prevenção à enfermidades.
A banana é muito rica em minerais e tem grande quantidade de ferro, que ajuda na hemoglobina do sangue, contra a anemia, principalmente em grávidas e crianças. Ela tem magnésio, que ajuda a combater muitas espécies de alergia – inclusive a febre do feno.
Segundo pesquisadores da Alemanha, a ingestão de três bananas médias fornece cerca de 180 mg de magnésio. Mas o seu forte é uma grande quantidade de potássio, mineral necessário para contração muscular, evitando cãibras, fadiga e alterações nos batimentos cardíacos.
A banana é fonte essencial de energia e, sendo de fácil acesso e tornando a refeição ligeira, passou a ser o alimento ideal para os desportistas sujeitos aos grandes desgastes nos esforços físicos.
O potássio ajuda ainda na transmissão dos impulsos nervosos e recompõe a perda deste mineral nos casos de diabetes, auxilia os pacientes com hipertensão ou com problemas cardíacos e, também, nos casos de diurese provocada em pessoas em regime de emagrecimento.
A banana ainda possui o cálcio tão necessário para fortalecimento dos ossos, dentes e as células do nosso corpo.
Vitaminas
Vejamos as vitaminas encontradas nesta fruta: A (beta caroteno), necessária para o funcionamento do sistema imunológico, ajudando a diminuir o tempo de duração das doenças.
Vitamina C (ácido ascórbico), que ajuda a aumentar a imunidade e oferece proteção contra o câncer; B1 (tiamina), que ajuda a manter normal o funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração; B2 (riboflavina), que ajuda na cicatrização das feridas, e a B5 (niacina), que interfere no metabolismo das gorduras e açúcares.
Outros benefícios
Ela é ideal para integrar a dieta de mulheres que sofrem de síndrome da tensão pré-menstrual (a TPM). A banana maçã combate o colesterol e ajuda a evitar prisão de ventre. Uma pesquisa, vinda da Inglaterra, informa que a ingestão de bananas forma um fermento digestivo, do tipo dietético, que protege contra o câncer do estômago.
Alcaliniza o sangue no caso da acidez no estômago, facilitando a digestão. Estimula os rins na depuração de elementos tóxicos; no caso de infecção do fígado, ajuda no fortalecimento celular.
A banana é, também, ótima para combater a diarréia infantil, sendo o remédio provido pela Natureza para facilmente curá-la. Sendo assim, a dieta à base de banana, comumente recomendada pelos pediatras, é adequada – diz o professor William B. Greenough III, da Johns Hopkins University e presidente da Fundação Internacional para a Saúde da Criança.
Referência
Extraído do livro As Incríveis 50 Frutas com Poderes Medicinais, autoria de Lelington Lobo Franco, escritor, pesquisador, químico-fitologista (Curitiba, PR).

CUPUAÇÚ


Nome popular
CUPUAÇÚ
Nome científico Theobroma grandiflorum (Willd ex Spreng) Schum.
Fotos ampliadas 1
Família Sterculiaceae
Sinonímia popular Cupuaçú-verdadeiro
Princípios ativos A polpa contém fósforo e vitamina C. As sementes apresentam por volta de 60% de gordura, com alto coeficiente de digestibilidade, como as do cacau, tendo a vantagem de não conter cafeína.
Informações complementares Nome em outro idioma

  • Inglês: Patashte Origem
    Brasil. É espécie nativa do Estado do Pará, onde pode ser ainda encontrado em estado silvestre na mata virgem alta de várias localidades do Estado. É frequente o cultivo dessa espécie em quase toda a Amazônia, aí incluida a parte nordeste do Estado do Maranhão. Fora do Brasil, é cultivado também em alguns países tropicais da América do Sul e Central tais como a Venezuela, Equador, Colômbia e Costa Rica.
    Características
    É uma árvore de pequeno porte, ciclo anual, que alcança até 8m de altura (nos indivíduos cultivados) e de porte médio, alcançando até 18m de altura (nos indivíduos silvestres, na mata alta).
    O tronco geralmente é reto com a casca de cor marrom-escura, fissurada, ramificação tri- cotônica, ramos superiores ascendentes, os inferiores horizontais, ambos com ritidoma esfoliado.
    As folhas são simples, inteiras, subcoriáceas, com até 35cm de comprimento por até 10cm de largura. Lâmina oblonga ou oblonga-obovada, atenuada, ápice abrupto-acuminado, com base obtusa ou arredondada, glabra, de cor verde e sub-brilhosa na face superior, e verde-glauco ou roseo-pálido face inferior, com delicado revestimento de pêlos estrelados; nervuras laterais, acentuadamente dirigidos para o ápice do limbo, o par inferior em ângulo mais agudo; nervuras terciárias transversais e sub-paralelas.
    As flores são grandes, vermelho-escuras, dispostas em cachos de até 5 flores ou mais, brotando dos galhos tomentosos. Pendúculos curtos, espessos, com 3 brácteolas estreito-lineares; cálices com 5 pétalas cada um.
    O fruto é uma baga de forma elipsóide ou oblonga, com as extremidades obtusas ou arredondadas, que lembra o futo do cacau, apresentando uma coloração castanho escura aveludada, medindo até 24cm de comprimento por 12cm de diâmetro, pesando até 1,5kg, e com cerca de 50 sementes, superpostas em 5 fileiras verticais, cada semente envolvida por copiosa polpa branca-amarelada, mucilaginosa, de sabor acidulado e cheiro característico, agradável.
    A casca do fruto é dura e lenhosa, mas facilmente quebrável. Na maturação os frutos caem sem o pedúnculo, ocasião em que exala o cheiro característico.
       Uso culinário
    A polpa do cupuaçú, de sabor ácido e aroma forte, é muito apreciada ao natural ou em forma de sorvetes, licores, vinhos, compotas, doces, sucos e geléias. As sementes, devidamente preparadas, dão um bom chocolate (Cupolate, melhor dizendo) e a gordura pode ser transformada em manteiga de cacau.
    A receita do chocolate branco
    As sementes de cupuaçu, sem a polpa e sem adição de água, são postas a fermentar. Após 24 horas se adiciona uma solução de açúcar a 30% na proporção de 1% de solução com relação ao peso do material; a solução deve estar a 38%. Após 48 horas de iniciar a fermentação, nova solução de açúcar é adicionada na mesma concentração e temperatura, devendo-se revolver as sementes duas vezes por dia. A fermentação termina no quinto ou sétimo dia, onde as sementes são lavadas, secas ao sol, torradas a 180º C, descascadas estando prontas para serem transformadas em chocolate em pó. Uma parte das amêndoas deve ser prensada para a obtenção da manteiga de cupuaçu, que será utilizada na formulação das massas para o preparo dos tabletes; a torta restante é moída e adicionando 10% de açúcar comum em relação ao peso final, produz-se o "cupulate em pó".
    Fonte: Jornal De volta às Raízes. Publicação do Centro Nordestino de Medicina Popular - Ano XI - Nº 59. Maio/Junho. 1996.
    Bibliografia
    • Andersen, Otto & Andersen, Verônica. Frutos Silvestres Brasileiros. Ed. GLOBO (SP).
    • Cavalcante, Paulo. Frutos Comestíveis da Amazônia. Ed. CEJUP, Belém (PA).
    • Le Cointe, Paul. Árvores e Plantas Úteis da Amazônia. Ed. Cia. Editora Nacional São Paulo (SP).

  • DENTE-DE-LEÃO


    Nome popular
    DENTE-DE-LEÃO
    Nome científico Taraxacum officinale Weber
    Fotos ampliadas 1 | 2 | 3 | 4
    Família Asteraceae
    Sinonímia popular Alface-de-cão, alface-de-côco, amargosa, amor-dos-homens, chicória-louca, chicória-silvestre, coroa-de-monge, dente-de-leão-dos-jardins, leutodonte, quartilho, radite-bravo, relógio-dos-estudantes,salada-de-toupeira, soprão, taraxaco, taraxacum.
    Sinonímia científica Leontodon taraxacum L.; Taraxacum dens-leonis Desf.;Taraxacum retroflexum Lindb. F.
    Parte usada Rizoma, folhas, inflorescência, sementes, raiz.
    Propriedades terapêuticas Alcalinizante, anódina, anti-anêmica, anti-colesterol, anti-diarréica,antiescorbútica, antiflogística, anti-hemorrágica, anti-hemorroidária, anti-hipertensiva, antiinflamatória, antilítica biliar, anti-oxidante.
    Princípios ativos Látex, óleo-resina, taraxina (alcalóide que se encontra na raiz), tanino, sais minerais, carotenóides, fitosterol, colina, ácido caféico, ácido cítrico, ácido dioxinâmico, ácido p-oxifenilacético, ácido tartárico, ácidos graxos, alcalóides, amerina
    Indicações terapêuticas Ácido úrico; acidose, acnes, afecções biliares, afecções hepáticas, afecções ósseas, afecções renais, afecções vesicais, aliviar escamações da pele, aliviar irritações da pele, aliviar vermelhidões na pele, anemias; arteriosclerose, astenia.
    Informações complementares
    Nome em outros idiomas

  • Dent de lion (francês)

  • Dandelion (inglês)

  • Diente de leon (espanhol)

  • Tarassco comune, dente di leone (italiano) Origem
    É originária das regiões temperadas dos dois hemisférios, e sua utilização é relatada nos achados arqueológicos da Era do Imperador Amarelo na China de 2704-2100 a.C, pelos escritos preservados em cascos de tartaruga, juntamente com descrições sobre a acupuntura e outras bases que fazem parte até hoje da Medicina Tradicional Chinesa.
    Descrição
    Erva vivaz de até 50 cm de altura. Raiz pivotada, folhas radicais, dispostas, em roseta, lanceoladas; algumas são inteiras, outras são onduladas, outras (a maioria) apresentam recortes mais ou menos profundos e irregulares, formando lobos desiguais, triangulares, terminados por uma ponta aguda.
    O limbo das folhas é sustentado por um pecíolo curto, abarcante, frequentemente avermelhado. Do ápice do caule subterrâneo partem hastes florais eretas, curvas, mais compridas que as folhas, fistulosas, terminadas por inflorescência amarela.
    Cada capítulo floral compõe-se unicamente de flores liguladas, de maneira que parecem dobradas, como acontece com os cravos. Os frutos são aquênios.
    Terminam em apêndices compridos e coroados de topetes de cerdas finíssimas, estendidas por todos os lados, dando ao conjunto um aspecto de pára-quedas. Os frutos se deslocam com o mais leve toque da brisa ou do assopro, voando para longe. As folhas, hastes e flores, sofrendo a mínima lesão, emitem um látex.
    Princípios ativos e composição química (continuação)
    Aminoácidos, apigenina, carboidratos, carotenóides, cobalto, cobre, colina, compostos nitrogenados, estigmasterol, ferro,, flavonóides, fósforo, frutose, glicosídeo, (taraxacosídeo), inulina, lactucopicrina, látex, levulina, luteolina, magnésio, matéria graxa, mucilagem, níquel, óleo essencial, pectina, potássio, pro-vitamina A, resina, sais de cálcio, saponinas, silicatos, sitosterol, soda, sódio, stigmasterol, taninos, taraxina, taraxacosídeos, taraxasterol, taraxerol, vitaminas: A, B1, C, PP, D; xantofilas.
    Contém em 100 gramas:
    Calorias: 45,00
    Água: 85,50 %
    Hidratos de carbono: 7,00%
    Proteínas: 2,70%
    Sais: 2,10%
    Vitamina A: 1 250 U.I.
    Vitamina C: 30 mg
    Propriedades terapêuticas (continuação)
    Anti-reumática, antiúrica, anti-virótica, aperiente, bactericida, carminativa, colagoga, colerética, depurativa, desobstruente das vísceras abdominais, diurética, digestiva, estimulante, expectorante, febrífuga, fortificante dos nervos, galactagoga, hepática, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante suave, nutritivas, problemas do fígado, sudorífera, tônica.
    Indicações terapêuticas (continuação)
    Baixa produção de leite por lactantes, cálculos biliares; cárie dentária, celulite, cirrose, cistite, colecistite (inflamação da vesícula biliar); colesterol, constipações, depurativo para todo o organismo, dermatoses, desordens hepatobiliares, desordens reumáticas, diabetes, diluir gorduras do organismo, distúrbios menstruais; diurético, dermatoses, doenças ósseas, eczemas, edemas; escarros hemópticos, espasmos das vias biliares, esplenite (inflamação do baço); excesso de colesterol, falta de apetite, fígado, fraqueza; gota, hemorróidas, hepatite; hidropisia; hiperacidez do or! ganismo, hipoacidez gástrica, icterícia, impurezas no sangue, insuficiência hepática; litíase biliar, manchas na pele, nevralgia, nefrite, obesidade, obstipação, oligúria, palidez; paludismo, pele, piorréia, prevenção de derrames, prisão de ventre, problema hepáticos, problemas digestivos, radicais livres, renovar e fortalecer o sangue, reumatismo; rugas, sardas, tonificar o sistema sexual, varizes, verrugas, vesícula.
    Utilizada também na prevenção da gota, artritismo, cálculos renais, cárie dentária, doenças das gengivas e reumatismo.
    Medicina Tradicional Chinesa
    Pynyin: Pu Gong Ying
    Ação: Penetra no canal do estômago, remove o calor e desintoxica o fogo nocivo.
    Dosagem indicada
    Para estimular a digestão
    As raízes e as folhas novas devem ser servidas em forma de salada.
    Depurativa/Anemia
    O suco leitoso, que se espreme das folhas e das raízes, é empregado nas curas depurativas. Anemias enfermidades do fígado e bexiga. Tomar de 2 a 3 colheres (café) diárias, durante três a quatro semanas de acordo com o grau de comprometimento do órgão. Suco: bater no liquidificador 4 folhas, 1 copo d´água e gotas de limão.
    Tônico/normalizador da alcalinidade
    Prepara-se o suco, obtido tanto das folhas como das raízes e combinado com suco de cenoura e de folhas de nabo, ajudando ainda a combater doenças da coluna vertebral e ossos, torna fortes e firmes os dentes, ajudando a prevenir a piorréia e a cárie dentária.
    Desintoxicar o fígado/Depurativo
    Deixar macerando durante toda a noite 1 colher (chá) das raízes em i xícara (chá) de água; no dia seguinte, ferver rapidamente; coar; tomar metade meia hora antes do café da manhã e outra metade depois do café da manhã.
    Tônico e depurativo
    Infusão 10g de folhas por litro de água, 3 xícaras (chá) por dia, sendo preparadas apenas imediatamente para consumo.
    Vitiligo
    Sumo das folhas, uso externo.
    Desintoxicante hepático e depurativo
    Deixar macerar por 1 dia 1 colher das (chá) de raízes secas em 1 xícara das (chá) de água. Tomar ½ xícara antes das refeições. 2 a 3 colheres (chá) das raízes secas em 250mL de água. Ferver 10 a 15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
    Aperiente
    1 colher (chá) de raízes secas em ½ copo de vinho tinto seco. Deixar macerar 10 dias. Tomar 1 cálice antes das refeições: Raiz pulverizada: 1g por dose, 4g por dia. Extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia.
    Diurética
    2 colheres (sopa) de raízes e folhas picadas, em 1 litro de água. Ferver por 3 minutos, tampar até esfriar. Coar, tomar durante o dia, dividido em várias doses:
    Tintura mãe
    50 gotas, 3 vezes ao dia.
    Observação: tintura mãe significa que a concentração do extrato da planta é de 300g de erva fresca para 250 ml de álcool de cereal e 50 ml de água desmineralizada, segundo a metodologia aplicada na MTC (Medicina Tradicional Chinesa).
    Tintura (1:5)
    5 a 10ml em 25% etanol, 3 vezes ao dia.
    Observação: tintura com diluição 1:5 significa que em uma solução existem apenas 20% de tintura mãe. Essa diluição é o que geralmente se encontra em farmácia de manipulação e fitoterápicos.
       Uso culinário
    As folhas tenras e as raízes muito suculentas dão uma salada excelente, de sabor amargo, que exerce sobre todo o organismo uma ação profundamente depurativa, melhorando e regenerando o sangue. Especialmente indicada nas anemias, é recomendada às pessoas de "sangue pobre".
    As folhas, preparadas como se prepara o espinafre (ter o cuidado de cortar antes as pontas duras) constituem uma boa verdura, reputada por sua ação emoliente.
    Flores: fritas ou em saladas, maioneses e geléias;
    Sementes: torradas e moídas, podem ser usadas como "café de chicória".
    Rizomas: comidas cruas ou cozidas, cortadas em fatias.
    Contra-indicações
    É contra-indicado em casos de pessoas com sensibilidade gastrintestinal, acidez estomacal, com obstrução no duto biliar; no caso de cálculos renais, usar a planta apenas sob a supervisão de um médico.
    O látex da planta fresca pode produzir dermatite de contato. 
    Em uso interno, pode causar moléstias gástricas, como hiperacidez. Para evitar associar o malvavisco ou outra planta mucilaginosa.
    O uso de diuréticos em presença de hipertensão ou cardiopatia, só sob prescrição médica, dada à possibilidade de ocorrer descompensação tensional ou eliminação de potássio excessiva com potencialização dos efeitos dos cardiotônicos (no caso do dente-de-leão o risco é menor por ser ele rico em potássio).

  • ERVA-MATE


    Nome popular
    ERVA-MATE
    Nome científico Ilex paraguariensis St.Hill
    Fotos ampliadas 1 | 2 | 3
    Família Aquifoliaceae
    Sinonímia popular Mate, erva-do-paraguai.
    Parte usada Folhas
    Propriedades terapêuticas Estimulante, diurética.
    Indicações terapêuticas Fraqueza, cansaço, depressão, má digestão.
    Informações complementares
    Origem
    Espécie nativa da América do Sul.
    Descrição Botânica
    Árvore de até 15m de altura, ramos abundantes, pouco rígidos, verde-claros, com extremidade arroxeada e sulcada. As folhas são simples, alternas, pecioladas, serradas ou dentadas. As flores são pequenas e pálidas. Os frutos são vermelhos, negros quando maduros.
    Uso medicinal
    Internamente, em problemas de fraqueza, cansaço, depressão, má digestão. Também como estimulante e diurética.
    Cultivo
    Propagação: por sementes.
    Plantio: na primavera, escolher boas matrizes.
    Florescimento: de setembro a novembro.
    Referências bibliográficas

    • CASTRO, L. O.; CHEMALE, V. M. 1995. Plantas medicinais condimentares e aromáticas: descrição e cultivo. Guaíba: Agropecuária.196p.
    • CORREA, C. J. et al. 1991. Cultivo de plantas medicinais, condimentares e aromáticas. Curitiba, EMATER. 162p.
    • FURLAN, Marcos Roberto1999. Cultivo de plantas medicinais. Coleção Agroindústria, v. 13, 2ed., ver. aum. Cuiabá: SEBRAE/MT,146p.
    • KLEBER, J. et. al. 1991. Guia Rural: Ervas e temperos. Janeiro. P.56-61.
    • MARTINS, E. R. et al. 1994. Plantas medicinais. Viçosa, Impr. Univ.,220p.
    • SIMÕES, C. O. S. et al. 1998. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Ed. Universidade, 173p.
    • SMITH, L. B. et. al. 1982. Flora Ilustrada Catarinense: Gramíneas. Itajaí - Santa Catarina.

    FEDEGOSO


    Nome popular
    FEDEGOSO
    Nome científico Cassia occidentalis L.
    Família Leguminosae
    Parte usada Folha
    Propriedades terapêuticas Diurético, colagogo, colerético, laxante, vermífugo, anti-séptico, antinflamatória.
    Princípios ativos Antraquinonas, xantonas, ácido cáprico, mirístico, palmítico, esteárico, oleíco, óleo essencial, emodina.
    Indicações terapêuticas Hidropisia, icterícia, colecistite, insuficiência hepática, constipação intestinal, verminose, amenorréia, impigens, feridas, febre, erisipela.
    Informações complementares Origem
    São plantas nativas do sul do Brasil, Uruguai e Argentina.
    Descrição
    Arbusto glabro que pode atingir 1 m de altura. Pelo nome de fedegoso, como é chamado no sul do país, ou mato-pasto no nordeste brasileiro, são conhecidas várias espécies do gênero Cassia, sendo que se utilizam todas para os mesmo fins terapêuticos.
    Possuem um odor fítico o que deu origem ao seu nome, C. occidentalis. A raiz é a que produz odor mais pronunciado, indicando a presença de óleo essencial, além disso, nela encontra-se também uma substância capaz de matar os peixes sem torná-los tóxicos, quando diluída na água. Esse fato a tornou conhecida e utilizada pelos índios em suas pescarias.
    Propriedades farmacológicas
    Auxilia na regeneração tissular, estimulando o tecido. Estimula a secreção biliar, melhorando os problemas hepáticos, popularmente é o laxante.
    Os constituintes químicos do fedegoso são ainda poucos estudados, sabe-se, porém que suas sementes contém emodina, componente de ação purgativa.
    Dosagem indicada
    Para consumo utiliza-se chá por decocção, usando-se 1 colher de sopa de raízes ou cascas esfareladas fervendo durante 15 minutos. Das folhas, sob infusão, empregam-se 10g para 1 litro de água.
    Hidropisia e problemas hepáticos: 1 gole de 2 em 2 horas.
    Antitérmico: 20 g de raízes para 1 litro de água. Tomam-se 2 xícaras do chá, em pequenas doses diárias.
    Erisipela: toma-se 1 gota do suco extraído das folhas tenras diluído em 1 colher de sopa de água, repetindo de meia em meia hora, até o desaparecimento dos sintomas.
    Contra indicações
    Crianças e gestantes.
    Interações
    Não há referências na literatura estudada.
    Precauções de armazenamento
    Armazenar preferencialmente em local fresco, seco e arejado, ao abrigo de luz solar.
    Bibliografia
    1. TESKE, Magrid; TRENTINI, Anny M. M.; Compêndio de Fitoterapia - Herbarium; 3ª Edição Revisada; Editado e Publicado por Herbarium Laboratório Botânico Ltda; Curitiba (PR), 1995.

    GUINÉ


    Nome popular
    GUINÉ
    Nome científico Petiveria alliacea L.
    Fotos ampliadas 1
    Família Phytolaccaceae
    Sinonímia popular Mucuracaá, erva-de-guiné, erva-de-alho, erva-pipi, erva-tipi, amansa-senhor, caá
    Sinonímia científica P. hexaglochin, Fischer & Meyer; P. tetandra
    Parte usada Folhas e raíz.
    Propriedades terapêuticas Anti-inflamatória, analgésica.
    Princípios ativos Óleo essencial, flavonóides, saponina e tanino.
    Indicações terapêuticas Reumatismo, hipotermia, lavagem vaginal, banho de cheiro aromático.
    Informações complementares Nome em outros idiomas

    • Inglês: pipi root, apacina, Congo-root, garlic weed, Guinea hen-plant, gully-root, skunk-root;
    • Alemão: Anamu, Mucura.
    Origem
    África e América Tropical. Origem

    Características
    Planta herbácea de ciclo perene.
    É uma planta lenhosa, com caule ereto, medindo até 2m de altura, considerada pelo povo como um escudo mágico contra malefícios. Apresenta longos ramos delgados ascendentes. As folhas são elípticas, oblongas, curto-pecioladas e acuminadas no ápice, com até 12cm de comprimento e 5cm de largura. As flores são pequenas e sésseis.
    O fruto é uma pequena cápsula. É encontrada em várias partes do Brasil, especialmente nos estados do Nordeste e da Amazônia, sendo muito comum na Ilha de Marajó (PA). É uma planta aromática, que exala um odor muito forte e nauseante.
    Uso caseiro
    Utilizada no combate a fungos, bactérias e vírus. Também é considerada anti-inflamatória e analgésica.
    Não há indicações quanto ao uso alimentar.
    Como usar
    A decocção de folhas e raiz, bem como a tintura, são empregadas no combate ao reumatismo, na forma de fricção.
    A decocção de folhas e raízes, bebida em pequeníssimas doses, combate a hipotermia. O cozimento das folhas, é usado na lavagem vaginal, como anti-infeccioso. A combustão das folhas dessecadas produz uma fumaça de cheiro acre, que serve para afugentar mosquitos.
    As folhas também entram na composição dos “banhos de cheiro” aromáticos usados pelo povo da Amazônia na época das festas juninas. As raízes devem secar ao sol. As folhas, em lugar bem arejado, mas à sombra. Raízes e folhas devem ser guardadas em sacos de papel.
    Advertência
    Esta planta é considerada tóxica. O pó obtido da raiz pode provocar insônia, grande excitação e alucinações. O uso continuado determina acentuada apatia, indiferença e até imbecilidade, convulsões, podendo provocar até a morte.
    Deve ser usada com máxima cautela e sempre com orientação médica.
    Bibliografia
    • LE COINTE, Paul – Árvores e Plantas Úteis na Amazônia – Cia. Editora Nacional – São Paulo/SP.
    • Ervas e Tempêros – Guia Rural – Ed. Abril – São Paulo/SP
    • MARTINS, José Evandro C. – Plantas Medicinais de Uso na Amazônia – Ed. CEJUP – Belém/PA.
    • FOTO: Ervas e Tempêros – Guia Rural – Ed. Abril/SP

    HORTELÃ-DE-FOLHA-MIÚDA

    Nome popular HORTELÃ-DE-FOLHA-MIÚDA
    Nome científico Mentha piperita L.
    Família Labiatae
    Sinonímia popular Hortelã-do-campo, hortelã-de-cheiro
    Parte usada Folhas e sumidades floridas
    Propriedades terapêuticas Carminativa, eupéptica, estimulante, colagoga, estomáquica, antiemética, antiespasmódica e analgésica.
    Princípios ativos Piperitone, alfa-mentona, mento-furano, metilacelato, pulegona, cineol, limoneno, jasmone, principio amargo, vitamina C e D, nicotinamida (traços), terpenos, cetonas, taninos, sesquiterpenos: cariofileno, bisabolol;
    Indicações terapêuticas Fadiga geral, atonia digestiva, gastralgia, cólicas, flatulência, vômitos durante a gravidez, intoxicação de origem gastrintestinal, afecções hepáticas, palpitações, enxaqueca, tremores, asma, bronquite crônica, sinusite, dores dentárias (bochechos)
    Informações complementares Espécies

    • Mentha viridis L.
    • Mentha crispa L.
    • Marsupianthes hyptoides L.
    As três "mentas": Mentha piperita L., Mentha viridis L. e Mentha crispa L. são espécies diferentes com basicamente os mesmos constituintes, mas diferem quanto ao solo, clima, etc. Marsupianthes é sinônimo científico de uma delas. No Brasil existe a maior plantação de Mentha crispa do mundo. Encontra-se no município de Caruaru, pertence ao Lab. Hebron para produção do giamebil para ameba e giardia, segundo informação do Prof. Dr. Lauro Xavier Filho (abril, 2004).
    Outros nomes populares
    Hortelã-cheirosa, hortelã-da-horta, hortelã-de-tempero, hortelã-do-Brasil, hortelã-pimenta-rasteira.
    Princípios ativos (continuação)
    Flavonóides: mentoside, isoroifolina, luteolina. Óleo essencial 0,7 a 3% que contém mentol (40 a 40%), ácido p-cumarínico, ferúlico, cafêico, clorogênico, rosmarínico e outros. Contém outros constituintes incluindo carotenóides, colina, betaína e minerais.
    Indicação terapêutica (continuação)
    Nevralgias faciais provocadas pelo frio.
    Contra-indicações
    É contra-indicado o uso da essência para lactentes. Pessoas que possuem cálculos biliares só devem empregar a planta com aconselhamento médico.
    Efeito colateral
    O mentol em crianças de pouca idade e lactentes pode levar à dispnéia e asfixia. A essência irrita a mucosa ocular (conjuntiva). Em pessoas sensíveis pode provocar insônia.
    Interações
    Pode ser usada associada com sabugueiro.
    Dosagem indicada - Uso interno
    • ERVA-SECA: 2 a 4g três vezes ao dia.
    • INFUSO: 1 colher de sobremesa de folhas por xícara. Tomar 3 xícaras ao dia, após ou entre as refeições.
    • ESSÊNCIA: dose média 0,05 a 0,030g/dia (45 gotas).
    • XAROPE: 20 A 100g/dia.
    Sauna facial para nevralgias faciais provocadas pelo frio
    25g de folhas em 0,5 litro de água fervente. Expor o rosto aos vapores, cobrindo a cabeça com uma toalha. Superdosagem: evitar utilizar a essência em doses superiores a 0,30g/dia.

    IPÊ-ROXO

    Nome popular IPÊ-ROXO
    Nome científico Tabebuia avellaneade Lors et Gris
    Família Bignoneaceas
    Sinonímia popular Pau d´arco, ipê, ipê-uva, piuva
    Parte usada Entrecasca (líber) ou o lenho (cerne)
    Propriedades terapêuticas Anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica, sedativa, tônica, anti-microbiana
    Princípios ativos Lapachol, blapachona
    Indicações terapêuticas Úlceras varicosas, hemorróidas, reumatismo, artrite, doenças da pele, eczema, gastrites, inflamação intestival, inflamação do aparelho genital feminino, cistite, bronquite, anemia, diabetes
    Informações complementares O ipê-roxo, pau d´arco, ipê, ipê-uva ou piuva é uma árvore de porte avantajado, muito difundida na América, e pertence à família das Bignoneaceas.
    São muitas as espécies de Ipê, num total aproximado de 250, mas as mais usadas são as do gênero Tabebuia Avellanedae e Tecoma Impetiginosa. Destas últimas selecionam-se no máximo 20 espécies que podem oferecer um teor aproximado e constante de substâncias com alto valor terapêutico, principalmente dos grupos saponínicos, flavonoídeas, cumarínicos ou quinônicos.
    A parte usada da planta é a entrecasca (líber) ou o lenho (cerne).
    O cerne contém, entre outros princípios ativos, o LAPACHOL e a BLAPACHONA, substâncias já conhecidas como auxiliares na cura de doenças neoplásicas e inibidoras de várias tumurações.
    Para de obter bons resultados com o uso do pau d´arco ou ipê-roxo, torna-se necessário portanto escolher o gênero e espécie da planta, idade provável da árvore e sua procedência.
    Uso medicinal
    O pau d´arco, pelas suas propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes, analgésicas, sedativas e tônica, e dada a sua potente ação anti-microbiana, é indicado nos casos de úlceras varicosas, feridas de qualquer origem, varizes e hemorróidas, reumatismo, artrite, doenças da pele, eczema, gastrites, inflamação intestinal, inflamação do aparelho genital feminino, cistite, bronquite e anemia.
    Favorece ainda a circulação e age também em várias formas de diabetes, especialmente a diabetes dos jovens.
    O pau darco ou ipê-roxo é a planta providencial, confirmando o que disse Von Martus em 1818: "As plantas brasileiras não curam, fazem milagres".
    Apresentação
    Cápsulas, extratos, fluído, tintura, pomada
    Dosagem indicada
    CHÁ: 1 colher da casca razurada, em 1 litro de água. Ferver. Tomar como água, ao dia. É atóxico, podendo ser usado, tomar 3 cápsulas ao dia em altas doses. Se ocasionar ligeira urticária, deve ser diminuída a dose e administrado um anti-alérgico, para voltar depois à dose anterior.
    O nosso extrato (manipulado com o cerne do pau d´arco) deve ser usado na dose mínima de 1 colher das de chá, em um copo d´água, 4 vezes ao dia, podendo ainda ser ser tomado de 3 em 3 horas ou de 2 em 2 horas ou de 1 em 1 hora.
    Nos casos de feridas ou úlceras varicosas, a pomada deve ser usada 2 vezes ao dia, administrando-se também o extrato ou tintura.

    JURUBEBA


    Nome popular
    JURUBEBA
    Nome científico Solanum paniculatum L.
    Fotos ampliadas 1 | 2 | 3 | 4
    Família Solanaceae
    Sinonímia popular Jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba, joá-manso.
    Parte usada Raizes, folhas e frutos.
    Propriedades terapêuticas Tônica, desobstruente, digestiva.
    Princípios ativos Esteróides, saponinas, glicosídeos e alcalóides.
    Indicações terapêuticas Febre, hidropsia, doenças do fígado, diabetes, tumores do útero e abdomen, anemias, inflamações do baço, problemas de bexiga, ressaca,
    Informações complementares Espécies aqui comentadas

  • Solanum paniculatum

  • Solanum fastigiatum

  • Solanum asperolanatum

  • Solanum variabile Descrição
    Jurubeba é uma pequena árvore da família das Solanaceae, cresce a 3 metros em altura, podendo chegar a 5 metros, comum no norte de Brasil e outras partes tropicais de América do Sul.
    Existem dois tipos de jurubeba: macho e fêmea. Os usos indígenas de jurubeba são muito mal documentados, mas seu uso em medicamentos brasileiros foi bem descrito. Jurubeba é listado como uma droga oficial na Pharmacopea Brasileira como um produto específico para anemia e para desordens de fígado e digestivas. Em 1965, Dr. G. L. Cruz escreveu que "as raízes, folhas e frutas são usadas como um tônico e descongestionante. Estimula as funções digestivas e reduz a inchação do fígado e baço. É um remédio para hepatites crônicas, febre de intermites, tumores uterinos e hidropisia"
    Solanum é o gênero mais representativo da família Solanaceae e consiste de cerca de 1.500 espécies perenes, arbustos, árvores e trepadoras, sendo um dos mais numerosos do mundo. Apresenta muitas plantas úteis usadas na alimentação e também muitas plantas infestantes ou daninhas. A maioria das plantas do gênero Solanum contém alcalóides tóxicos. Em algumas espécies de Solanum, certas partes são comestíveis enquanto outras partes da mesma planta são muito venenosas, O melhor exemplo conhecido é a batata (Solanum tuberosum) que tem folhagem e frutos venenosos e tubérculos comestíveis, embora estes fiquem venenosos quando se tornam verdes pela exposição prolongada à luz.
    Muitas espécies de Solanum são conhecidas como "jurubeba", tal como a Solanum paniculatum, uma planta nativa nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
    A origem do nome vem do adjetivo latino "paniculatum", paniculado, pelo tipo de inflorescência. Os principais nomes populares são: jurubeba, jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba e joá-manso. O nome vulgar deriva do tupi "yú", espinho, e "peba", chato.
    Princípios ativos
    Os componentes ativos da jurubeba foram documentados na década de 60 quando pesquisadores alemães descobriram novos esteróides, saponinas, glicosídeos e alcalóides nas raízes, caule e folhas. Os alcalóides foram encontrados em maior abundância nas raízes, enquanto que nas folhas encontram-se as maiores concentrações de glicosídeos.
    Esses compostos também têm algum efeito tóxico, de modo que não se recomenda a ingestão freqüente de preparações de jurubeba. As propriedades farmacológicas documentadas desde a década de 40 incluem o uso para estômago, febres, diurético e tônico. Estudos em animais indicaram que extratos da planta em água ou álcool foram eficazes em reduzir a pressão sanguínea enquanto aumentando a respiração em gatos, evidenciando uma ação estimulante no coração.
    Solanum fastigiatum
    A Solanum fastigiatum, conhecida como jurubeba do sul, é uma planta nativa na região Sul do Brasil, ocorrendo também nos países da Bacia do Prata. Comum no Rio Grande do Sul, especialmente na Depressão Central; presente também em outros estados sulinos. A origem do nome vem do adjetivo latino "fastigiatum", "que termina em ponta", motivado pelos ramos fasciculados da inflorescência, que apresentam frutos em suas pontas.
    Os nomes populares são: jurubeba, jurubeba-do-sul, jurubeba-velame, velame. Essa planta é bastante parecida com diversas outras, que também são conhecidas pelo nome vulgar de jurubeba e é usada na farmacopéia popular com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum. Como existem preparações comerciais à base de jurubeba, é comum que as firmas que as apresentam recebam material de plantas parecidas, inclusive de Solanum fastigiatum.
    Cuidado
    A ingestão de partes da planta tem causado patologias em bovinos. A ocorrência maior tem sido em épocas de carência de forragem e os animais precisam ingerir a planta por um período prolongado. Estudos feitos na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (1985 e 1987) indicam que a sintomatologia é relacionada com disfunção cerebelar, com crises periódicas do tipo de epilepsia, que duram de alguns segundos a um minuto e são desencadeadas geralmente quando os animais são movimentados ou excitados.
    Há perda de equilíbrio e quedas, ficando os animais em decúbito dorsal ou lateral, com tremores musculares. Após as crises, os animais aparentam normalidade, mas alguns estendem o pescoço numa atitude de "olhar estrelas" e buscam maior apoio com extensão dos membros anteriores. Em geral não ocorre mortalidade diretamente relacionada com o problema, mas com as quedas podem haver fraturas. A patologia se torna crônica e a regressão clínica é rara.
    Solanum asperolanatum
    A Solanum asperolanatum, conhecida como jupeba, é uma planta arbórea perene, com até 3 a 4m de altura, reproduzida por semente, nativa na América Tropical, com ocorrência esparsa no Brasil, geralmente confundida com outras espécies. A origem do nome vem do latim "asperu", áspero, e "lana", lã.
    Recebe os seguintes nomes populares: jurubeba, jupeba. A planta é parecida com outras espécies de "jurubebas", pelo aspecto geral e pelos frutos. Distingue-se de Solanum paniculatum pelo posicionamento das inflorescências e pelas flores brancas. Plantas novas podem ser confundidas com Solanum variabile, pois em ambas as espécies ocorrem pêlos ferrugíneos. É usada na farmacopéia popular com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum, e também nas preparações comerciais a base de jurubeba que são preparadas indistintamente com várias espécies de Solanum.
    Solanum variabile
    A solanum variabile, conhecida como jurubeba falsa, é uma planta nativa na região Meridional do Brasil e regiões limítrofes dos outros países. No Brasil é relatada a ocorrência de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, com maior intensidade na região Sul, sendo muito freqüente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com grande ocorrência nas beiras de estradas. A origem do nome vem do adjetivo latino "variabile", variável, pela grande variabilidade na planta em geral, particularmente no formato das folhas e no tipo de pêlos. Os principais nomes vulgares são: velame, jurubeba-velame, velame-de-capoeira, jurubeba-falsa, juveva, jupicanga.
    Fonte: não informado
    Colaboração
    Lelington Lobo Franco, escritor, pesquisador, químico-fitologista (Curitiba, PR)

    Comentário sobre jurubeba
    A jurubeba de nome científico Solanum paniculatum, da família das Solanáceas, é utilizada internamente como antifebril, em doenças do fígado, em diabetes, em tumores do útero e abdómen, em anemias, inflamações do baço e problemas de bexiga.
    Parte utilizada: raízes, folhas e frutos.
    Esta espécie é facilmente confundível com outra jurubeba, Solanum fastigiatum. As duas se diferem entre si nos tipos de pêlos das folhas e ramos e na forma dos espinhos, que em S.fastigiatum são retos e em S.paniculatum são curvos e alargados na porção basal.
    Precaução
    A utilização de frutos verdes de espécies de Solanum como a jurubeba, joá, mata-cavalo e peloteira, compreendendo cada um desses nomes populares de diversas espécies botânicas, deve ser evitada, pois é comum a acumulação de glicoalcalóides capazes de provocar vômitos, diarréia, dores de estômago e cabeça.

    Fonte consultada
    Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Cláudia Maria Oliveira Simões et all. Porto Alegre: Editora Universidade/UFRGS, 1998
    Colaboração
    Rosa Lúcia Dutra Ramos, Bióloga (Porto Alegre, RS)

    Foto e comentários sobre a Solanum paniculatum L.

    Esta jurubeba é indicada para problemas hepáticos e digestivos no interior do Brasil. Chá de suas folhas são usadas contra ressaca e externamente cicatriza feridas. Raizes, folhas e frutos são tônicos e desobstruentes. Bastante estudada por alemães na década de 60, não parece ser tóxica. Há vários trabalhos científicos sobre ela.
    A jurubeba-de-boi, jurubebão ou lobeira (Solanum lycocarpuim, St. Hil ), usada para problemas renais, cólicas e diabetes, além de destruir verrugas, é tóxica para o sistema reprodutivo, mas não interfere sobre a fertilidade. É tão tóxica que destrói verruga!

  • KARITÊ


    Nome popular
    KARITÊ
    Nome científico Butyrosperum parkii Kotschy
    Família Sapotaceae
    Parte usada Manteiga dos frutos.
    Princípios ativos Ácidos oléico, esteárico e láurico (principalmente); hidrocarbonetos, esteróis, tocoferóis e proteínas.
    Indicações terapêuticas Dores reumáticas, rinite
    Informações complementares
    Nome em outros idiomas

  • Inglês: Shea tree, shea butter

  • Alemão: Schibutterbaum

  • Francês, Espanhol: Karité Origem
    África.
    Características
    Árvore de ciclo perene, cresce espontâneamente nas savanas do oeste africano (Mali e Burkina Faso) nos solos bem drenados e balanceados da região.
    A árvore é robusta, medindo até 20m de altura, com o tronco medindo até 1m de diâmetro. Só produz seus primeiros frutos quando alcança 25 anos de idade, e chega a sua plenitude aos 40 ou 50 anos. Seu fruto em forma de uma grande ameixa chega a medir até 6cm.
    A polpa do pericarpo é comestível enquanto fresca e contém de 1 a 3 sementes, envolvidas por uma casca fina e quebradiça. Seus dois cotiledôneos são grossos e contém cerca de 50% de uma substância gordurosa.
    Cada árvore produz entre 15 e 20kg de frutas frescas, as quais produzem de 3 a 4kg de polpa. Para produzir 1kg de manteiga de Karité, é preciso cerca de 4kg de polpa. Para fazer a manteiga de Karité, o fruto é espalhado no chão para secar por um certo período e então a pôlpa é separada da casca e esmagada a frio. A manteiga é extraída por pressão. A produção é pequena, mas esse processo mantém os princípios ativos da fruta intacto.
    A manteiga quando pronta, apresenta um aspecto de uma pasta cremosa, de cor esbranquiçada e um odor mais ou menos característico. Depois de corretamente refinada, a manteiga perde quase que completamente este odor.
    Uso medicinal
    Em uso externo, em dôres reumáticas (massagem) e congestão da mucosa nasal nas rinites (aplicação local).
    É levemente irritante quando em contato com os olhos.
    Outros usos
    No campo da Cosmiatria, a manteiga de Karité é recomendada para uso em área de pele muito sensível, sujeita à desidratação e com irritações, além de ajudar na manutenção da elasticidade da pele. É antialergênica, o que a habilita a ser usada em áreas como os tecidos das mucosas e em volta dos olhos.

  • LOSNA

    Nome popular LOSNA
    Nome científico Artemisia absinthium L.
    Fotos ampliadas Site Flogaus-faust | Site Plantamed
    Família Asteraceae
    Sinonímia popular Absinto, artemísia, losma, gotas-amargas
    Parte usada Folhas e flores
    Propriedades terapêuticas Carminativa, diurética, colagoga, emenagoga, abortiva, antiparasitária, vermífugo, aperiente
    Princípios ativos Tujona, flavonóides, ácidos fenólicos (cafeico), taninos, ácidos graxos, esteróis, carotenóides, vitaminas B e C, compostos azulênicos, metilcamazuleno.
    Indicações terapêuticas Queimaduras, otites, micoses de pele, ulcerações na pele (tópico), feridas, anemia.
    Informações complementares
    Outros nomes populares
    Losna-maior, erva-santa, erva-dos-vermes, erva-do-fel.
    Nome em outros idiomas

    • Absinthe (França)
    • Wermut (Alemanha)
    • Assenzio (Itália)
    • Common wormwood ou green ginger (USA)
    • Ajenjo (Espanha, Argentina)
    • Armoise, madderwort, malurt
    Classificação Botânica
    • Reino: Magnoliopsida
    • Classe: Asterales
    • Família: Asteraceae (Compositae)
    • Gênero: Artemísia
    • Espécie: absinthium
    Descrição botânica
    É uma planta herbácea, medindo de 0,40 a um pouco mais de 1 metro de altura, perene; caule piloso (curtos e sedosos), folhas pecioladas, alternas trilobadas na base da planta, com segmentos lanceolados e obtusos; nas medianas são bilobadas e as próximas das flores são de margem inteiras; possuem cor esverdeada na parte superior e branco-prateada na parte inferior. As sumidades floridas estão em capítulos subglobosos, amarelos, agrupados em panículas. O epiderme é formado de células sinuosas, contém estomas nas duas faces; pêlos tectores, glândulas sésseis ou curtíssimamente pedunculadas; o mesofilo é heterogêneo. Características gerais
    Todas as partes da planta possuem sabor muito amargo e aroma muito forte. Crescem espontaneamente em locais pedregosos da Europa, Ásia e norte da África. No Brasil é cultivada em hortas e jardins em locais agrestes; produz melhor em climas temperados. Tem preferência por solos argilo-arenosos, mas cresce em todos os solos desde que permeáveis. A propagação é feita por divisão de touceiras com raízes, estacas de galhos ou sementes.
    Colheita: colhe-se as folhas preferencialmente antes da floração nas primeiras horas do dia. Em cultivos comerciais, corta-se toda a planta após dois anos.
    Princípios ativos
    Seu principal componente é um óleo essencial que varia de cor verde-azulada e amarelo-castanho composto principalmente de tujona e alfa e beta-tujona, representando uma porcentagem superior a 40% dependendo do período de colheita Mas foram identificados aproximadamente 60 compostos, mono e sesquiterpenos, muitos deles oxidados; estão presentes o linalol, 1,8-cineol, beta-bisabolol, alfa-curcumeno e espatulenol, nerol elemol.
    Possui lactonas sesquiterpênicas (do tipo guaianólidos) responsáveis pelo sabor amargo que são: a absintina(0,20-0,28%), artabsina, matricina e anabsintina.
    Possui outros constituintes identificados que são: flavonóides, ácidos fenólicos (cafeico), taninos, ácidos graxos, esteróis, carotenóides e vitaminas B e C. A cor azulada indica a presença de compostos azulênicos, metilcamazuleno e outros.
    O óleo essencial obtido das flores, principalmente no início da floração, contém mais tujona do que o óleo extraído das folhas.
    Atividade biológica
    A absintina tem propriedade amargo-estomáquica. Tujona: possui ação anti-helmíntica contra Ascaris lumbricoides, efeito estimulante do coração e musculatura uterina. Possui também ação antagônica para envenenamentos por narcóticos.
    Propriedades farmacológicas
    As preparações administradas por via oral produzem um aumento das secreções biliares, gástricas, devido a presença das substâncias amargas. Tem ação estimulante do apetite e favorece a digestão. O óleo essencial possui propriedades carminativas, espasmolítica, antibacteriana e fúngica. Segundo a Comissão E e ESCOP está indicada principalmente para a perda de apetite, dispepsia e distúrbios biliares, espasmos gastrointestinais e flatulência.
    Toxicologia da planta
    O óleo essencial da Artemísia (losna) puro não é recomendado para uso interno. Por conter tujona na sua composição é altamente tóxico.
    A intoxicação manifesta-se através de espasmos gastrointestinais, vômitos, retenção de urina por complicações renais severas, vertigem, tremores e convulsões. O uso prolongado do absinto (bebida alcoólica feita com a losna (A. absinthium) produz um efeito conhecido como abisintismo que se caracteriza por transtornos nervosos, gástricos e hepáticos podendo provocar perturbações da consciência e degeneração do S.N.C.
    Não deve ser usada por gestantes e crianças menores. Um trabalho publicado em 2002 na Itália confirmou os efeitos neurotóxicos da tujona, presente no absinto.
    A planta não dever ser usada continuamente e sem prescrição médica.
    Formas de utilização e dosagem
    Utilizar na forma de infusões; tinturas e extratos fluidos. Decocção para uso externo em feridas, úlceras de pele e compressas.
    Outros usos
    É muito utilizada na preparação de aperitivos amargos.
    Outros trabalhos
    Um trabalho publicado por Juteau F et al (2003) do óleo essencial da Artemísia Absinthium coletadas na França e Croácia testou a atividade antimicrobiana in vitro de Cândida albicans e Saccharomices cerevisae var. chevalieri.
    Outro trabalho feito no Canadá por Chiasson H et al (2001) está testando na A. absinthium a propriedade acaricida do seus óleos essenciais, principalmente pelo composto tujona.
    Uma outra espécie (Artemísia annua, L.) está sendo estudada por sua propriedade anti-malárica.
    História do absinto
    Planta conhecida na Antiga Grécia e pelos celtas e árabes com citações datada de 600 AC para tratamentos digestivos. O licor de absinto era muito conhecido e apreciado por poetas e artistas como Van Gogh, Toulouse-Lautrec, Artur Rimbaud, Degas, Manet, Baudelaire, Picasso e outros.
    Era conhecida com o nome de "fada verde" (líquido verde-esmeralda) e ao que estudos indicam, responsável pelo comportamento bizarro de Van Gogh. O consumo do licor de absinto está proibido na França desde 1915 e atualmente em outros países da Europa e Estados Unidos.
    Bibliografia
    1. Lorenzi,H., Matos,F.J.A.- “Plantas Medicinais no Brasil, nativas e exóticas.” 2002
    2. Panizza, S.- “Plantas Curam. Cheiro de mato” 27a. edição
    3. Sousa, M. Pinheiro, Matos, M.E.Oliveira, Matos,F.J.A , Machado, M.I.Lacerda, Craveiro,A . A .- “Constituintes Químicos Ativos de Plantas Medicinais Brasileiras”,1991 Ed. EUFC.
    4. Pharmacopoeia dos Estados Unidos do Brasil ,1929
    5. FitoterapiaVademecum de Prescripción –CD- Rom
    6. CD-Rom Plantas Medicinais UFLA
    7. NETEstado O Estado de São Paulo- texto de 08/10/1997. “Pesquisa de Artemísia está avançada.”
    8. Gambelunge,C. and Melai,P. “Absinthe: enjoying a new popolary among young people?” Nov 2002
    9. Holstege,CP,Baylor MR, Rusyniak DE. “Absinthe: return of the Green fairy”. Mar 2002.
    10. Juteau F et al. “Composition and antimicrobial activity of the essencial oil of Artemisia absinthium L. from Croatia and France”. Fev 2003.
    11. Abdin MZ, Israr M, Rehman RU, Jain SK. “Artemisinin, a novel antimalarial drug: biochemical and molecular approaches for enhanced production.”

    MIRTILO


    Nome popular
    MIRTILO
    Nome científico Vaccinium myrtillus L.
    Fotos ampliadas 1
    Família Ericaceae
    Propriedades terapêuticas Adstringente, tônico, antibacteriano, hipoglicemiante.
    Princípios ativos Taninos (1,5%), antocianinas, flavonóides, mirtilina (corante azul natural da planta), sais orgânicos, arbutina e glicosídeos.
    Indicações terapêuticas Diarréias, melhorar a visão noturna, retinopatia diabética, falta de perfusão renal, pé diabético.
    Informações complementares Origem
    O mirtilo pertence à família Ericaceae (família da azaléia). As plantas são arbustos de pequeno porte que crescem em sub-bosques de florestas temperadas na Europa. Vive em regiões nas quais o inverno é bastante rigoroso, daí a dificuldade em cultivá-lo no Brasil.
    Uso medicinal
    Atua em casos de diarréias graves. Indicado para ação local no alívio de inflamações na boca e catarros. Já foi muito utilizado contra febres. É atribuída à mirtilina a ação antibactericida. Possui um valor nutritivo indiscutível utilizado em marmeladas, talvez seja esta razão por ajudar a melhorar a visão noturna, devido à presença de vitaminas.
    Mirtilo é uma planta que trabalha bem na restauração da pequena circulação e por isto é usada em retinopatia diabética, falta de perfusão renal, pé diabético, etc. Há um produto comercial no Brasil denominado miralis, fabricado pela Ativus Farmacêutica.
       Uso culinário
    Na culinária pode ser utilizada em müsli, marmelada, vinho e bolos. Seu suco era empregado para tingir finos vinhos tintos.